Criativa homenagem ao grande Raul Seixas!!!
Psicologia, Cinema, Educação, Arteterapia, Mitologia, Contos, Poemas, Lendas, Astrologia, Artes em geral... Sons, tons, cores, palavras, histórias, criações, idéias... Tudo que me encante e possa tocar a alma de quem passar por aqui! Seja bem vindo!!!
Quem sou eu
- Regina Milone
- Rio de Janeiro, RJ, Brazil
- Sou tantas e sou uma... Existo e sumo... Mergulho e retorno... Intensa, curiosa, aprendiz, crítica, sensível... Por vezes sábia. Vivendo na montanha-russa, em altos e baixos constantes... Metamorfose ambulante. Eu? "Contradigo a mim mesmo porque sou vasto" (Walt Whitman)
domingo, 9 de dezembro de 2007
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Filtro Solar- Formatura de Psicologia
Vídeo da minha formatura em Psicologia, em 2006, feito por minhas amigas Daisy, Renata e Vanessa.
O texto do Bial é excelente!
Ficou demais!!
James Taylor - You've Got A Friend '71
Hoje estou fazendo uma viagem aos anos 60 e 70, que curti demais - infância e adolescência -, riponga que eu era, de corpo e alma!
Acho que ainda sou!!
Divirtam-se com esse clássico emocionante!
Beijos...
ANGIE - THE ROLLING STONES / AJDA PEKKAN ® Community C.A.
Como eu ainda adoro essa canção!...
Sessão nostalgia hoje tá demais!!...rsrsrs
Ai, ai...
sábado, 24 de novembro de 2007
PERSONA
“O homem tem duas almas: uma que olha de dentro para fora e outra que olha de fora para dentro”.
(Machado de Assis)
Carl Gustav Jung, médico suíço, psiquiatra e criador da Psicologia Analítica, viveu de
O passo preliminar desse processo é o desvestimento das falsas roupagens da persona. A palavra “persona” significa “expressar-se através de uma máscara” e vem do teatro grego pois, para os antigos, persona era a máscara que o ator usava segundo o papel que ia representar.
Segundo Jung, para estabelecer contatos com o mundo exterior e adaptar-se às exigências do meio, assume-se uma aparência artificial que não corresponde ao ser autêntico. Esta aparência seria a persona (na verdade, usamos várias personas, segundo Jung).
Podemos ver as personas como fachadas criadas de acordo com as convenções coletivas, quer no vestir, no falar ou nos gestos: persona de professor, de médico, de militar, etc.
A persona é um sistema útil de defesa, mas, quando é muito valorizada, o ego consciente pode fundir-se com ela e o indivíduo ficar reduzido aos seus cargos e títulos, isto é, à sua casca de revestimento. Dessa forma, ele se afasta do seu “self”, que representa suas verdadeiras potencialidades.
Segundo Jung, existe uma oposição entre os arquétipos (carga com a qual nascemos) da persona e da sombra. A “sombra” representa a parte de nossa personalidade total que nos causa repugnância. O excesso de “persona” pode reprimir totalmente a “sombra” e esta, então, é projetada, gerando injustiças e preconceitos como, por exemplo, a discriminação racial (projeção da sombra coletiva).
Um exemplo da oposição Persona X Sombra, é o personagem com dupla personalidade do romance “O médico e o monstro”, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, onde o primeiro é o médico sensível e bondoso – persona - e o segundo um monstro insensível e criminoso – sombra -, representando os dois lados (polaridades opostas) da mesma pessoa.
A esse respeito, Jung dizia: “Tenha a doçura das pombas, mas também tenha a astúcia da serpente”.
Persona é:
- o falso “eu”
- máscara
- sedutora
- proteção necessária (não ter persona é ficar kamikaze na vida)
- expansão
- ferramenta na nossa estruturação egóica
- arquético da adaptação social
- pseudoego: faceta externa de adaptação do ego (no início o ego se encontra na persona, formada para atender à expectativa dos pais)
- compromisso do ego com o mundo externo (identidade social)
- como a pessoa é perante a sociedade
- desempenhar um papel social
- parecer isto ou aquilo
- compromisso entre o indivíduo e a sociedade: nome, título, ocupação, etc.
- atitudes em relação ao mundo
- imagem de si mesmo apresentada ao mundo
- mediadora entre o ego e o meio externo
- cartão de visita
(Plutarco)
A persona pode ser mais genuína ou pode ser pura representação e aparência (falsa e mal intencionada). A persona genuína pode ser, por exemplo, um papel que você desempenha vindo de dentro – exemplo: o de neta, o de professora etc – e, nesse caso, é sincero e pode estar ligado a um arquétipo – por exemplo: a persona de neta respeitosa diante da “velha sábia”.
A persona expressa-se em imagens de roupas, uniformes, máscaras, nudez, transparências, estar descalço, etc. Por exemplo: um professor que sonha estar dando aula nu – este sonho pode ter, a princípio, dois significados opostos: ou ele está exposto demais, precisando se preservar e firmar seu papel (persona) de professor, ou está usando máscara demais de professor e, por isso, precisa se expor mais.
O grupo social/profissional pressiona para que o indivíduo assuma valores impostos de fora para dentro. A originalidade não é bem acolhida e o padrão de normalidade pode abafar as manifestações criativas.
“Em benefício da imagem ideal, à qual o indivíduo aspira moldar-se, sacrifica-se muito de sua humanidade”.
(Jung)
Toda máscara é bidimensional, isto é, é uma fachada que não contém a terceira dimensão, que seria a verdadeira individualidade (não contém o “self”). A rigidez, associada à morte e à petrificação, é um atributo da máscara. Por isso, muitas vezes, um grau intenso de rigidez imposto pela persona impede a manifestação original, a capacidade de fantasiar espontaneamente, etc.
Quanto maior a persona, menor a individuação, e quanto menor a persona, maior a capacidade de sonhos e fantasias ligadas ao elemento cósmico, ao tempo/espaço infinitos, às conexões simbólicas, astrológicas, lunares, etc.
“A personalidade consciente, como se fora uma peça entre outras num tabuleiro de xadrez, é movida por um jogador invisível. É este quem decide o jogo do destino e não a consciência e suas intenções”.
(Jung)
“Assim, pois, encaro a perda do equilíbrio como algo adequado, pois substitui uma consciência falha, pela atividade automática e instintiva do inconsciente, que sempre visa a criação de um novo equilíbrio; tal meta será alcançada sempre que a consciência for capaz de assimilar os conteúdos produzidos pelo inconsciente, isto é, quando puder compreendê-los e digeri-los”.
(Jung)
De maneira geral, podemos fazer dois usos da persona: um defensivo/patológico (identificação com a persona = normopata) e um criativo, como acontecia, por exemplo, no teatro grego.
Teatro Grego
Nasceu das danças e dos versos improvisados nos rituais dionisíacos. Os gregos consideravam Baco (nome latino de Dioniso ou Dionísio) protetor das belas-artes, em particular do teatro, originado nas representações que faziam por ocasião das festas em honra ao deus.
Viver dezenas de vidas, representar diversos papéis ao mesmo tempo e transformar-se em outras divindades faziam parte do teatro grego.
Téspis, o primeiro ator do teatro grego, simulava ações de outrem e suscitava toda sorte de sentimentos na platéia. Suas encenações correspondiam às paixões do público e, então, acontecia o fenômeno da catarse, entendida como “a purificação das almas através da descarga emocional provocada pelo drama”.
Téspis tornava-se um guerreiro, um deus, um representante dos desejos dos cidadãos, um profeta, um impostor, etc. E todos participavam, concordando ou discordando (o teatro grego era bastante interativo; a platéia tinha participação ativa), cantando com o coro, aplaudindo ou atirando pedras.
As máscaras, antes de Téspis, eram dotadas de feições animais.
Cabia ao ator representar com o rosto, o corpo e as máscaras.
Para Aristóteles, a “catarse” é muito importante porque “ao inspirar, por meio da ficção, certas emoções penosas ou malsãs, especialmente a piedade e o terror, ela nos liberta dessas mesmas emoções”.
A tragédia e a comédia faziam parte do teatro grego.
O conteúdo da tragédia era o mito (inicialmente apenas a lenda de Dionísio).
A comédia só apareceu um século depois da tragédia. Raízes de ambas: festas dionisíacas – elementos solenes do ritual: tragédia; partes alegres: comédia.
Na comédia, muitas vezes as máscaras exprimiam caricaturas ou personagens imaginários.
O primeiro estágio da cena cômica era denominada “comédia ática antiga”. Na “comédia ática nova” a máscara adquiriu características de símbolos.
Existiram mais de quarenta tipos diferenciados de máscaras para a comédia, no teatro grego.
OBSERVAÇÃO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Esta pesquisa sobre “Persona” e “Teatro Grego” foi feita por mim, Regina Milone, pedagoga, astróloga, arteterapeuta e psicóloga, para ministrar palestra sobre o tema "Persona, Papéis Sociais e Máscaras", no consultório de Beatriz Portella, arte-terapeuta , em 1999.
A pesquisa baseou-se em aulas assistidas no curso de Pós-Graduação de Psicologia Analítica do IBMR (Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação), no Dicionário de Mitologia Greco-Romana da Abril Cultural e na coleção “Mitologia”, volume terceiro, também da Editora Abril Cultural.
De Cid de Oliveira: "Onde e quando surgiu historicamente a Astrologia?"
Onde e quando surgiu historicamente a Astrologia?
Cid de Oliveira - Astrólogo
A Astrologia que praticamos hoje no Ocidente surgiu na Mesopotâmia entre os caldeus. A época exata é ainda um problema para os historiadores oficiais. Mas, existem registros escritos datados de
Por outro lado, temos informações, muito precisas e tão antigas quanto estas, a respeito da existência de uma Astrologia indiana, de uma chinesa, de uma Astrologia na América do Sul e Central, todas seguindo as mesmas premissas básicas e os mesmos conceitos gerais, adaptados apenas a tempo e lugar. O matemático e especialista
Se estudarmos a formação do império babilônio egípcio veremos que eles se constituíram a partir da união de diversas tribos cujos mitos e ritos estavam vinculados à paisagem terrestre. Um exemplo desse tipo de povo é o índio americano e sua relação com a pradaria e o bisão. Se tirarmos estes elementos, não poderemos compreender a civilização, o psiquismo, os valores e a economia do índio. Tanto que quando o bisão foi quase extinto, essa cultura praticamente desapareceu.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
DEFICIENTE É...... ( de Renata Villela)
‘
‘Deficiente’ é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter consciência de que é dono do seu destino.
“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.
“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
“Diabético” é quem não consegue ser doce
“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois ‘Miseráveis’ são todos que não conseguem falar com Deus.
Pessoal,
Me alertaram (obrigada, Giulia!) sobre a autoria deste belo texto e fui buscar maiores informações, descobrindo que NÃO É do Mário Quintana. De qualquer maneira, o texto é belíssimo! Leiam abaixo o que achei no site http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/12/341480.shtml
Entrei em contato com a Prof. Renata Villela que declarou a autoria do texto na mensagem abaixo:
"Há alguns meses recebi uma mensagem dizendo que estava circulando na internet o texto citado como sendo de autoria de Mário Quintana. Confesso que não dei muita importância e até mesmo me senti orgulhosa. Algum tempo depois o Senado Federal publicou o texto no folder de divulgação do Dia Nacional de Valorização da Pessoa com Deficiência. Aí fiquei preocupada e enviei uma mensagem para o senador Flávio Arns, autor do projeto, para esclarecer que o texto era de minha autoria. Não obtive resposta e continuei tocando a vida sem me preocupar com o fato. O texto foi escrito no final de 1990 quando estava me mudando para Minas Gerais. Não entendo como alguém pode atribuir algo tão amador ao grande Mário Quintana.
"De qualquer forma lhe agradeço e espero que continuem divulgando o texto, mas atribuindo a autoria a mim. Afinal em 1990 Mário Quintana ainda vivia, portanto nem psicografado o texto pode ter sido.
"Abçs e feliz ano novo!"
Infelizmente, parece que políticos continuam a tentar alavancar suas limitações solapando o direito original da autora e a memória do Poeta.
De um admirador do trabalho de ambos."
domingo, 21 de outubro de 2007
National geographic save the world (neil young philadelphia)
Salvem o planeta!
Linda música de Neil Young e maravilhosas imagens da National Geographic.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Maria Rita - a minha alma
Família super talentosa essa! Adoro essa música, de O Rappa, cantada por Maria Rita.
Beijinhos...
Traduzir-se
Poema que amo e com o qual me identifico, de Ferreira Gullar, musicado por Fagner e lindamente cantado por Adriana Calcanhoto. UAU!!!
Futuros Amantes
Chico Buarque, genial como sempre, falando como criou e depois cantando "Futuros Amantes". Lindo!!!
Beijos...
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Rifa-se um coração
calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar
ilusões. Um coração inconseqüente e precipitado, que diante de um sorriso
mais malicioso já está apaixonado. Rifa-se um coração que nunca aprende.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para
se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções
verdadeiras. Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos
erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo
em nome de paixões. Sai do sério e, às vezes, revê suas posições
arrependido de palavras e gestos. Rifa-se um coração tão inocente que se
mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário. Rifa-se um coração, ou
mesmo troca-se por outro, que tenha um pouco mais de juízo.'
Eu e meu filho Diogo
(Glória Horta)
Nosso medo mais profundo
"Nosso medo mais profundo
não é o de sermos inadequados.
Nosso medo mais profundo
é que somos poderosos além de qualquer medida.
É a nossa luz, não as nossas trevas,
o que mais nos apavora.
Nós nos perguntamos:
Quem sou eu para ser Brilhante,
Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso?
Na realidade, quem é você para não ser?
Você é filho do Universo.
Se fazer pequeno não ajuda o mundo.
Não há iluminação em se encolher
para que os outros não se sintam inseguros
quando estão perto de você.
Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós.
Não está apenas em um de nós: está em todos nós.
E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.
E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros."
(Nelson Mandela)
Para se pensar...
(desconheço a autoria)
Crianças
Crianças?
Dia após dia nega-se às crianças o direito de serem crianças. Os fatos que zombam desse direito, ostentam seus ensinamentos na vida cotidiana.
O mundo trata os meninos ricos como se fossem dinheiro, para que acostumem a atuar como o dinheiro atua.
O mundo trata os meninos pobres como se fossem lixo, para que se transformem em lixo.
E os do meio, os que não são nem ricos nem pobres, conserva-os à mesa de um televisor, para que aceitem desde cedo, como destino, a vida prisioneira.
Muita magia e muita sorte têm as crianças que conseguem ser crianças.
(desconheço o autor)
Poemas
"Tudo manifesta símbolos
e sábio é aquele que
em qualquer coisa
pode ler outra."
(Plotino)
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Escola e Autoconhecimento
A complicada arte de ver
- Acho que estou ficando louca!
Fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura.
- Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões _é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto.
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro:
- 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver.
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
Vinícius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa, garrafa, prato, facão, era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".
A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre.
Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro
disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, como Jesus Cristo, tornado outra vez criança: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".
sábado, 6 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Poema em Linha Reta - Fernando Pessoa
Na voz de Abujamra, vale a pena ouvir com o coração...
Salve Fernando Pessoa, o maior de todos os poetas!!!
Eros e Psique - Texto de Fernando Pessoa
O lindo texto de Fernando Pessoa na voz de Maria Bethânia e ao som de Chico Buarque. Deleitem-se!!!
Conta a lenda que dormia
uma princesa encantada
a quem só despertaria
um Infante, que viria
de além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado
vencer o mal e o bem
antes que, já libertado
deixasse o caminho errado
por que à Princesa vem.
A princesa adormecida
se espera, dormindo espera
sonha em morte a sua vida
e orna-lhe a fonte, esquecida
uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado
sem saber que intuito tem
rompe o caminho fadado
ele dela é ignorado
ela pra ele é ninguém
Mas cada um cumpre o Destino
ela dormindo encantada
ele buscando-a sem tino
pelo processo divino
que faz existir a estrada.
E se bem que seja obscuro
tudo pela estrada afora
e falso, ele vem seguro
e, vencendo estrada e muro
chega onde, em sono, ela mora.
à cabeça, em maresia
ergue a mão, e encontra a hera
e vê, que ele mesmo era
a Princesa que dormia.
(Fernando Pessoa)
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Jung e Alquimia (texto)
O método de explicação da Alquimia é (reparem a relação com os princípios da Homeopatia):
2. ALBEDO
4. RUBEDO
A escolha do momento oportuno
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Egocentrismo ou auto-estima?
Mas aí pensei: "caramba, é tão bom poder se ver, em várias fases, acompanhar um pouco desse trajeto de vida, reviver e - por que não? - admirar a própria beleza e/ou simpatia!" Então postei.
Sempre tive altos problemas de auto-estima. Não precisava muito pra me desvalorizar. E é por isso mesmo que poder me olhar e gostar do que vejo - da vida, do brilho nos olhos, dos sorrisos, do tempo passando... - é especialmente gostoso e até útil pra mim, pra eu não esquecer tão fácil de uma boa parte de quem sou. E é uma forma de me apresentar um pouco mais pra quem visitar meu blog também.
Caras, rostos - máscaras? - sempre me atraíram. Só aparência? "Quem vê cara não vê coração"? Depende. Se a gente olhar com sensibilidade pro que mora no olhar e no sorriso... iremos muito além!
Afinal... Ego? Tenho, claro!...rsrsrs. Mas não é gigante não.
Auto-estima? Estou trabalhando nisso!
Viajar em si mesmo, mergulhar no interior (espelhado nos rostos?), olhando também pro exterior, até que faz um bem danado. Experimentem!
Beijos...
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Vanessa da Mata e o Meio-Ambiente
A música tem umas tiradas ótimas, tipo "destruição é reflexo do humano", "a ambição desumana o Ser", "desmatam tudo e reclamam do tempo - que ironia conflitante" e termina com uma estrofe muito legal onde ela questiona o progresso e diz "com a mãe, ingratidão - DERAM O GALINHEIRO PRA RAPOSA VIGIAR" (esse final é o máximo!).
Leiam a letra, vejam e ouçam o vídeo que estão abaixo.
Essa é pra vc, Juliana, minha amiga zen!
Beijos...
Regina.
Vanessa da Mata - Absurdo
Havia tanto pra lhe contar
A natureza
Mudava a forma o estado e o lugar
Era absurdo
Havia tanto pra lhe mostrar
Era tão belo
Mas olhe agora o estrago em que está
Tapetes fartos de folhas e flores
O chão do mundo se varre aqui
Essa idéia do natural ser sujo
Do inorgânico não se faz
Destruição é reflexo do humano
Se a ambição desumana o Ser
Essa imagem de infértil deserto
Nunca pensei que chegasse aqui
Auto-destrutivos,
Falsas vitimas nocivas?
Havia tanto pra aproveitar
Sem poderio
Tantas histórias, tantos sabores
Capins dourados
Havia tanto pra respirar
Era tão fino
Naqueles rios a gente banhava
Desmatam tudo e reclamam do tempo
Que ironia conflitante ser
Desequilíbrio que alimenta as pragas
Alterado grão, alterado pão
Sujamos rios, dependemos das águas
Tanto faz os meios violentos
Luxúria é ética do perverso vivo
Morto por dinheiro
Cores, tantas cores
Tais belezas
Foram-se
Versos e estrelas
Tantas fadas que eu não vi
Falsos bens, progresso?
Com a mãe, ingratidão
Deram o galinheiro
Pra raposa vigiar
(fonte: site oficial)