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Sou tantas e sou uma... Existo e sumo... Mergulho e retorno... Intensa, curiosa, aprendiz, crítica, sensível... Por vezes sábia. Vivendo na montanha-russa, em altos e baixos constantes... Metamorfose ambulante. Eu? "Contradigo a mim mesmo porque sou vasto" (Walt Whitman)

sábado, 11 de agosto de 2018

Para auxiliar nos cursos de Tamie Saita, quando ela desejar

Aqui vai o meu comprometimento público em ajudar a minha querida professora de mandalas indígenas tecidas, a Tamie Saita, contribuindo com a parte psicológica, já que sou psicóloga clínica, arteterapeuta e pós-graduada em "Psicologia Junguiana, Arte e Imaginário". Adorei o seu convite, Tamie!!! Conte comigo! Canal de Tamie Saita aqui no youtube: https://www.youtube.com/channel/UCyCa... Site de Tamie Saita: https://mandalasindigenas.com.br/ Meu facebook: https://www.facebook.com/regina.milone

Ojos de Dios – Olho Divino - Mandalas Tecidas


Ojos de Dios – Olho Divino

     

Oriunda da cultura indígena huichol, do México, e da cultura indígena Aymara, da Bolívia, a tecelagem primitiva conhecida como “olhos divinos” ou “olho divino” começa a ser feita quando a criança nasce.

Conhecidas como "Ojos de Diós" (Olhos de Deus) nos países latino-americanos, as estrelas tecidas são uma forma primitiva de artesanato também encontrada na África e no Oriente.

Originalmente os Olhos Divinos eram colocados em um altar para que os deuses pudessem ouvir as preces das pessoas e, assim, protegê-las.
           
No México antigo, simbolizavam os olhos dos deuses e representavam um pedido para que eles protegessem os recém-nascidos: sobre paus cruzados tecia-se uma estrela para cada ano de vida da criança, até os cinco anos (quando se supunha que ela já pudesse fazer, sozinha, seus pedidos aos deuses); ou, numa mesma estrela, indicava-se a idade pelo número de cores dos fios.



Breve histórico do Olho Divino





O Olho Divino (si’kuli) é um objeto sagrado da cultura wixarika que ultrapassou sua região de origem e alcançou todas as regiões do país, do continente americano e hoje pode ser encontrado até na Europa.
Na tradição mexicana, os olhos divinos são símbolos de poder e servem para ver e entender as coisas desconhecidas. Diz a lenda que Kauyuma’li, um dos deuses que criou o mundo, pôde ver tudo o que estava dentro e acima da terra quando olhou através de um si’kuli.
O si’kuli é multicolorido, tem forma de diamante e se tece com lãs de várias cores, no sentido diagonal, em uma cruz de varetas. Arremata-se as extremidades com bolas de lã. Estas bolas representam o algodão macio que cresce no caule da flor da abóbora, já que para os mexicanos o algodão é símbolo de saúde e vida. No caso dos olhos divinos cerimoniais, estas bolas têm que ser feitas de algodão natural. A forma do si’kuli faz referência aos pontos cardeais e aos losangos da rosa-dos-ventos, que é uma figura que mostra a orientação das direções cardeais num mapa ou carta náutica. As cores usadas nos losangos são basicamente o branco, o azul em vários tons, o amarelo, o roxo e o preto. As cores são escolhidas e ordenadas de acordo com o pedido específico que a pessoa quiser fazer.
O si’kuli é dedicado a Tate’ Naaliwa’mi si’kuli, a Mãe Água do Leste, que tem especial preocupação com as crianças e é a criadora das flores das abóboras e de todas as outras flores.
Em seu sentido cerimonial, o si’kuli é uma oferenda que se faz aos deuses para pedir pelo bom crescimento das crianças. Os pais são encarregados de elaborar o olho divino que seus filhos levarão para a festa do tambor. Nesta festa os meninos e as meninas são apresentados aos deuses e são iniciados na vida cerimonial do povo wixarika. Para isso, os si’kuli são colocados sobre a cabeça das crianças, o que permite aos pais ver e observar a cada menina e menino de maneira pessoal. O número de losangos representa a idade do menino ou da menina.
Os olhos divinos também são usados como oferendas para pedir proteção em outras áreas da vida cotidiana e, em cada caso, podem variar de tamanho, usar varetas mais largas ou mais compridas, variar nas cores escolhidas e na maneira como se distribuem as cores e variar, também, nos complementos que podem ser adicionados ao si’kuli para pedir favores especiais.

Recentemente os Índios Navajo, do sudeste norte-americano, adaptaram este artesanato utilizando oito pontas ao invés de quatro, criando assim as “Mandalas de Navajo”.




Mandalas

Mandala significa círculo ou completude em sânscrito. É um yantra circular que simboliza o Universo.
Também possui outros significados, como círculo mágico ou concentração de energia, e universalmente a mandala é o símbolo da integração e da harmonia"
Mandalas simbolizam unidade, totalidade, equilíbrio de polaridades, inteireza, são criadas e/ou usadas como forma de meditação, mergulho interior e refletem a simetria exata presente em várias formas da natureza. Exemplo disso é o girassole os anéis das árvores, cujos espirais representam o Universo.
Representa também a procura pela paz interior, a qual é retratada pelos padrões entrelaçados e que têm como finalidade a própria orientação do pensamento. Isso porque o seu formato auxilia a meditação.
Mandala, é uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. De fato, toda mandala é a exposição plástica e visual do retorno à unidade pela delimitação de um espaço sagrado e atualização de um tempo divino.
No tantrismo, compõe-se de círculos e quadrados concêntricos (ou seja, com um centro comum) que formam uma imagem simbólica do mundo e que servem de instrumento para meditação.
Em termos de artes plásticas, a mandala apresenta sempre grande profusão de cores e representa um objeto ou figura que ajuda na concentração para se atingir outros níveis de contemplação. Há toda uma simbologia envolvida e uma grande variedade de desenhos de acordo com a origem.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung estudou em profundidade a simbologia das mandalas. Jung as relacionou a simbologia universal do círculo e da representação simbólica da psique com as funções de conservação da ordem psíquica, tomada de consciência, integridade e criação.


  

Bibliografia



http://www.dltk-kids.com/world/mexico/ojo_de_dios.htm


http://www.cdi.gob.mx/wixarika/Paginas/Paginas%20ofrendas%20y%20simbolos/Ojos%20de%20dios%20page_5.htm

http://www.zermeno.com/Ojos_de_Dios.html







https://mandalaborobudur.wordpress.com/about-mandala-borobudur/mandala-in-ancient-culture/

https://www.pinterest.se/pin/353532639485574407/

https://elrincondeyanka.blogspot.com/2015/03/cultura-huichol-ojos-de-dios.html




http://www.dltk-kids.com/world/mexico/ojo_de_dios.htm http://www.dltk-kids.com/world/mexico/ojo_de_dios.htm
OBS: É sempre bom lembrar que o olho divino é tecido em cima de uma cruz... A cruz nossa de cada dia? Talvez...
Simbolicamente a cruz representa o equilíbrio entre matéria (horizontal) e espírito (vertical). Representa a busca de integração e harmonia de todas as polaridades presentes em nós e em toda a natureza: dia e noite, frio e quente, bem e mal, masculino e feminino... Para mim, essa é a nossa cruz e, ao invés de a carregarmos, podemos tecê-la, um pouco a cada dia, com ARTE!



Minhas mandalas tecidas grandes

Mais algumas mandalas que teci, a maioria dessas bem grande, de 70 cm à 90 cm de diâmetro.
Espero que gostem! 😍💓👄


Minhas mandalas tecidas

Algumas das minhas mandalas tecidas indígenas, que faço para mim e para presentear e vender, com o maior carinho, já há alguns anos.
Algumas aprendi em 1995, na minha formação em Arteterapia, na Clínica Pomar, outras aprendi em aulas gratuitas no youtube e outras ainda aprendi e continuo aprendendo nos cursos gratuitos e pagos, online, da querida Tamie Saita.
Espero que gostem! 💓💓💓

Canal de Tamie Saita no youtube: https://www.youtube.com/channel/UCyCa41pSEOY3FeTiaz1PDWA

Site de Tamie Saita: https://mandalasindigenas.com.br/

Meu facebook: https://www.facebook.com/regina.milone